Tal como tínhamos dito logo que em que foram conhecidos os primeiros sinais dados por João Cardoso, seguido por Luciano Baltar e marcada a data para o coloquio agendado pela Direção Vitoriana e patrocinada pelo Conselho Vitoriano, tivemos ontem a primeira abordagem para fomentar a criação de uma S.A.D Vitoriana, infelizmente numa altura em que não existe dinheiro e acima de tudo em que temos a pior direção possível e imaginária.
Já Pimenta Machado dizia e hoje melhor que nunca fica bem em retornar a dize-lo que no futebol “o que hoje é verdade, amanhã é mentira”, pois Emílio Macedo da Silva já não engana ninguém e a solução empresarial é a novidade do seu discurso e a salvação da sua intenção em se manter á frente dos destinos do clube.
A nós faz nos alguma azia ver um painel de discussão formado por quem foi um dos principais mentores de diferenciação dos clubes em Portugal e falamos concretamente de Fernando Gomes.
Este senhor enquanto fundador da S.A.D. portista foi o principal motor das divergências e diferenciação de dinheiros no que diz respeito às transmissões televisivas, pois ao dar naquele tempo a conhecer a sua visão como deveriam ser repartidos os direitos televisivos foi o responsável pelos milhões de euros de diferença entre os três grandes e restantes clubes. Foi este senhor que enquanto Presidente da Liga alterou o sorteio para que algumas Sociedades Anonimas Desportivas não tivessem dificuldades no início de cada época e com isso garantia o desafogo de alguns treinadores na elaboração das suas equipas, foi este senhor que em ano e pouco de presidência da Liga nunca se propôs a exigir a repartição equitativa de receitas televisivas, que alem de colocar justiça e verdade desportiva poderia salvar a grande maioria dos clubes da falência.
É este senhor que após ano e meia de presidência da Liga e ver que a mesma não tem a menor viabilidade financeira se propôs candidato á Federação Portuguesa de Futebol, tanto por causa dos milhões de receita que surgem via FIFA e via UEFA, mas que acima de tudo passa num futuro muito próximo fica a mandar na Arbitragem e Disciplina e com isso ajudar os “amigos” do costume e que tanta força fazem para o colocar no poleiro.
Tivemos ontem também a particular satisfação de perceber que a grande maioria dos vitorianos já não “comem a palha” que lhes dão e foram conhecedores das reais intenções destas Conferencias, pois a natural ausência de afluência prevista foi um sinal que as pessoas souberam quais as segundas intenções desta direção.
Já houve em tempos tertúlias de discussão que tiveram sucesso e lembramo-nos de uma no São Mamede, fomentada pela Associação Vitória Sempre e pela Radio Santiago que pelo modo simples e destituído de propósitos secundários tiveram muito mais sucesso e participação e era assim que deveriam ser todas as iniciativas que dissessem respeito ao Vitoria.
Não podemos deixar de dar uma palavra ao hipócrita que temos a presidir á Mesa da Assembleia Geral que ao vir assegurar que "a curto prazo o Vitória será uma SAD, não por imperativos legais, mas porque os sócios decidiram”, manifesta uma tremenda falta de vergonha na cara e uma enorme falta de respeito por todos os sócios pagantes e sem conforto da tribunal presidencial.
O Vitória é dos sócios e não de uma matilha mal formada com tiques de novo-riquismo.
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