quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Esticar a corda.


Saber quando desistir é sinal de inteligência, continuar a perpetuar o erro é estupidez.
 Isto podia ser aplicado nos próximos dias na vida do nosso clube, pois parece que existem pessoas que tendem a não conseguir ver o que realmente se passa á sua volta.
 Não vamos aqui dissecar os últimos acontecimentos, mas vamos tentar fazer ver que existe um sentimento que há muito deixou de entrar nas contas dos associados.
 O alerta foi dado praticamente na pré-epoca e foram muito poucos os Vitorianos que se “revoltaram” e tentaram de uma ou outra forma demonstrar isso.
 Se aquando da apresentação do Orçamento para esta época já tínhamos ficado com uma pulga atrás da orelha, tivemos a certeza que o Vitória tinha descarrilado quando verificamos que a Direção tinha vendido os direitos financeiros de um jovem promissor central a um empresário de futebol, apenas para conseguir face às despesas inerentes de início de época.
 Se duvidas havia perante a crise financeira que se adivinhava, as mesmas ficaram completamente às “claras” quando numa tentativa desesperada se tentou vender um jogador emprestado, numa altura em que todo o futuro desportivo se jogava.
 Mais claro ficou quando no Aniversário do clube, vários elementos directivos se contradiziam no que dizia respeito ao que deveria ser o Futuro do Clube, e com isso, nos primeiro sinais da Apresentação do Relatório e Contas da época anterior se verificou a quantidade de mentiras que foram “relatadas”, antes mesmo de vermos os números nus e crus das nossas contas até ao início de época 2011/2012.
 Quem esteve até final da Assembleia também ouviu Emílio Macedo da Silva exclamar que iria resolver todos os problemas financeiros do clube, seguido de Luciano Baltar que no seu jeito gingão destravou a língua nos modos que todos conhecemos e finalizando na conivência do Conselho Vitoriano que se prestaram ao papel de “Ilustres Pensadores” a fazer o frete a João Cardoso.
 Portanto, Emílio Macedo da Silva e seus Amigos, já no início da época sabiam que o VSC vivia num clima de iminente falência e que grande parte dos Sócios apenas se deram conta quando começaram a surgir os rumores de salários em atraso nas modalidades amadoras, funcionários e mais recentemente aos atletas profissionais.
 Infelizmente ainda hoje existem Sócios que acreditam que João Cardoso marcará uma Assembleia Geral Extraordinária para destituição de Emílio Macedo da Silva, pois basta ver que o próprio tem em sua posse mais uma petição e lá consegue levar a água ao seu moinho, com falsas promessas de dinheiro vindos das Arabias, com desculpas de falta de agenda e com compromissos inadiáveis.
 Sabemos nós que todas as tentativas de Emílio Macedo da Silva caíram em poços profundos, mesmo aqueles que nos dias de hoje estão cheios de petróleo, tanto nas Arabias como em Africa, mas mesmo assim nada o demove de continuar a insistir no erro de julgamento popular, porque sabe que enquanto tiver a seu lado alguns bem-falantes elementos terá toda a liberdade de fazer render o tempo.
 O Vitória está desde o início de época em gestão corrente, sem dinheiro, sem projecto, sem futuro.
 O que mais nos preocupa neste momento até nem é Emílio Macedo da Silva, o que nos preocupa é a falta de capacidade e argumentos dos “putativos” candidatos em dar um murro na mesa e exigir que isto pare imediatamente.
 Estamos fartos de falinhas mansas, conversas de bons amigos, e interrogações sem objectivos, porque neste momento já não se trata apenas de uma instituição, trata-se sim de uma marca de referência no panorama desportivo nacional e internacional, trata-se do maior Embaixador da Cidade e Região, trata-se de uma comunidade com milhares de pessoas que são afectadas no seu dia-a-dia com a falta de verdade por parte dos dirigentes.
 Numa altura em que o País e o Mundo estão de olhos postos em Guimarães por outro majestoso motivo, não podemos deixar de ver que nem os Órgãos Políticos, nem as Forças Vivas da Cidade se manifestam perante o cenário de falência clubística.
 Por isso somos obrigados a perguntar:
 Será que Guimarães sobrevive sem o Vitória?

2 comentários:

  1. Estou bastante receoso que o nosso clube vá cair na insolvência, precisamente no ano em que queremos mostrar ao mundo o nosso espaço cultural.
    Guimarães, o Vitória e os Vimaranenses não merecem o que provavelmente irá acontecer: o fim do nosso clube.
    Se não for travado a tempo, este presidente irá conduzir o VSC ao descalabro total e com poucas hipóteses de sobrevivência. Oxalá me engane.
    S. Guimarães

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  2. "Infelizmente ainda hoje existem Sócios que acreditam que João Cardoso marcará uma Assembleia Geral Extraordinária para destituição de Emílio Macedo da Silva, pois basta ver que o próprio tem em sua posse mais uma petição e lá consegue levar a água ao seu moinho, com falsas promessas de dinheiro vindos das Arabias, com desculpas de falta de agenda e com compromissos inadiáveis."

    Marco, estás mal informado.

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