quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O cliente tem sempre razão!


Ler que Emílio Macedo da Silva viaja por este mundo fora á procura de soluções financeiras para o Vitoria no mesmo dia que ficamos a saber que ainda não pagamos um único tostão a um clube pela compra do maior artilheiro do campeonato argelino da época passada, faz-nos lembrar uma célebre história contada por Herman José, em que as Senhoras da Alta Sociedade da linha de Cascais fizeram um jantar de beneficência no Casino Estoril para angariar dinheiro para os meninos carenciados, chamaram todos os amigos, todos os notáveis, todas as figuras públicas, os melhores artistas para animarem a noite, todas as revistas para fazerem reportagens acerca do jantar, o evento foi um sucesso e... no fim, os meninos ficaram a dever 3.500 contos ao Casino.
 Portanto vamos ver o que vai restar desta incursão aos investidores estrangeiros e esperemos que não sejam hipotecadas as mais-valias que ainda estão no berçário do Hospital Nossa Senhora da Oliveira.
 Tal como já tínhamos escrito, caminhamos rapidamente para nos tornarmos um clube como o Setúbal, Estrela da Amadora, Belenenses e afins, tudo isto porque não temos uma política desportiva sustentada num equilíbrio financeiro de acordo com as nossas reais receitas e se a isso juntarmos a falta de rigor com receitas extraordinárias, o futuro aproxima-se vergonhosamente a exemplos anteriormente descritos.
 Emílio Macedo da Silva já tentou vender jogadores (como o Edgar) dos quais não tinha direitos financeiros, vendeu a um empresário o passe de um jogador (N’Diaye) praticamente para realizar dinheiro para garantir a inscrição no Campeonato Português, ninguém ainda percebeu se tentou emprestar jogadores (Siaka Bamba) que não eram seus, assina contratos profissionais com juniores para depois os despachar sem qualquer retorno financeiro, contrata jogadores internacionais (Saucedo) para treinarem para jogarem apenas pela sua selecção e como se isso ainda não chegasse, os jogadores que ultimamente têm assinado com o Vitória aplicam parte do dinheiro de assinatura em investimento imobiliário tendo o Presidente como consultor.
 Portanto ficamos a aguardar quais são os investidores e quais as contra partidas que irão envolver esta venda de garagem organizada por alguém que Pimenta Machado apelidou de “desportivamente ser um badameco”.

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