Depois de uma humilhante Vitória frente ao todo poderoso Moura, retomamos um tema que se não fossemos nós, ninguém teria a oportunidade de ter em seu poder, ou seja, a magnifica entrevista ao Vice-presidente Luciano Baltar.
Tentamos por vários momentos disfarçar o nosso incómodo perante algumas respostas, mas julgamos que não podemos deixar escapar as nossas dúvidas perante tais afirmações, portanto iremos nos interrogar após cada dissertação que ilustre dirigente proferiu.
SAD
“Aquela que me parece mais importante é a capacidade de atracção de investidores.”
Será que só por si a criação de uma SAD atrai investidores? Nós achamos que não, principalmente quando quem gere o dinheiro captado tem demonstrado uma total incompetência na gestão do mesmo, por isso acreditamos que nenhum investidor com o mínimo de juízo tenha vontade de investir no Vitória!
“O presidente acredita que, neste momento, e também concordo, com a actual situação em que o país se encontra, de profunda crise económica e financeira, a SAD dificilmente vingaria.”
Afinal então o porquê de tanto trabalho em começar a confrontar os associados com um tema que dificilmente teria sucesso? Será que não seria preferível começar a discutir outro tipo de gestão, mais condizente com uma estrutura que gere anualmente mais de 12 milhões de receitas e que ano apos ano se endivida mais?
“Num cenário de criação de SAD, os sócios mantêm sempre, no mínimo, 51 por cento do clube”
Ora explique melhor, será clube, ou será futebol? Na actual lei, o clube apenas poderá deter 40% do capital da SAD, então como terão os sócios os outros 11%? Quantas empresas irão ser criadas para deter os 11%?
“O investimento exigido seria, no mínimo, de 50 milhões de euros. O clube teria cerca de 28 milhões de euros do capital. Nesta fase, encontrar investidores para os restantes 20 milhões seria difícil.”
Com as contas feitas pelo nosso Vice, agora sei a razão de nunca conseguirmos abater chavo algum ao passivo. 51% de 50 milhões são 28 milhões. 28 milhões do clube mais os 20 milhões dos investidores são 50 milhões da SAD. Portanto, a capacidade de fazer contas no clube está patente nestas simples formulas matemáticas. Ou seja, são peritos nas contas de sumir!
“Uma SAD permitiria que as transferências de atletas fossem mais transparentes? Seria igual, com a especificidade de qualquer transferência ter de ser comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Não seria por isso que seriam mais transparentes.”
Este Luciano é um brincalhão, ao assumir que as acções do VSC SAD iriam ser cotadas em bolsa, já para não falar então na questão da transparência. O Luciano tem futuro, talvez noutra área, que por respeito á classe, não a divulgamos.
Liga Europa
“Pode ter um impacto negativo nas contas de cerca de 4 milhões de euros.”
Apesar de ser algo que deve ser enquadrado como uma receita extraordinária, esta direcção fez questão de contar com o “ovo no cú da galinha”, a isto nós chamamos o princípio do fim da falência de um clube, ou até de uma SAD. Já para não falar como chegaram á conclusão do magnífico número de 4 milhões, esperemos para ver.
“Nove milhões é o valor que vamos gastar e que já gastamos a época passada.”
Sendo que o valor que foi orçamentado a época passada foi de 5.928.600€ e se juntarmos o valor de 306.00€ da formação, julgo ser pertinente perguntar a razão de termos tido um acréscimo de cerca de 50% (3.000.000€) no que foi orçamentado. Julgamos que Luciano Baltar terá de vir muito bem preparado para corresponder as expectativas que irão rodear a próxima Assembleia.
“Pensamos e temos que atingir os 4 milhões de euros de venda no mínimo.”
Eis uma questão que nos levanta sérias dúvidas se este valor não é por demais inferior ao que realmente necessita-mos, pois verificamos que realizamos cerca de 8 milhões na época passada, e verificamos que apenas baixamos o passivo em cerca de 1 milhão.
Mas como as contas são feitas por Luciano Baltar, acreditamos plenamente que a margem de erro terá uma explicação suficientemente anedótica que poderemos perdoar mais esta discrepância de aptidões.
Modalidades amadoras
“Defendo o fim das modalidades, mas não a sua extinção”
Não sabemos porquê, mas isto faz nos sentir um pouco Pré-históricos, será que apenas querem que os Vitorianos sonhem com o que já conquistaram e apenas se maravilhem com os trofeus no nosso Museu? Não foi esta direcção que tomou a si as rédeas de arranjarem patrocinadores para as modalidades amadoras e depois começaram a capitalizar estes patrocínios para o futebol profissional?
“Haveria uma SAD para o futebol profissional, depois poderia avançar-se com sociedades para as restantes modalidades.”
Agora explique lá Sr. Luciano, se não há situação económica e financeira para uma SAD de futebol, como consegue explicar a captação de investidores para modalidades que até o Emílio Macedo da Silva desconhece existirem?
Assim por alto e porque ler a entrevista é um sinal que esta direcção julga que os Vitorianos são mentecaptos, julgamos ser necessário que na próxima Assembleia haja uma presença massiva dos sócios para verem realmente que temos como gestores do clube e a esta direcção desejo que venha bastante preparada para responder a todas as solicitações e que não haja vontade de elucidar os sócios durante a semana na sede do clube ou que outras explicações fiquem para o dia 26 de Novembro, dia que foi anunciado por Emílio Macedo da Silva como dia de organização de um coloquio para debater a criação de uma SAD no Vitória!
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