Circo de Natal!

E ao 13º dia João Cardoso entregou as Assinaturas ao Conselho de Jurisdição do Vitoria Sport Clube.

 Podemos nos alegrar que num curto espaço de tempo, dois Conselhos deixaram de ser figuras de corpo presente e devoradores de rissóis e bolinhos de bacalhau no Camarote Presidencial do Estádio D. Afonso Henriques, para realmente terem alguma utilidade.

 Se o Conselho Vitoriano foi usado para João Cardoso anunciar que a SAD já era uma realidade e da qual irá fazer parte como Presidente, serve agora o Conselho de Jurisdição para protelar por mais uns tempos a Convocação da Assembleia Geral Extraordinária.

 Nós já sabíamos que é intenção de João Cardoso não convocar a referida Assembleia, para isso tentou convocar Paulo Emanuel Mendes para uma reunião, com o único objectivo de “limar umas arestas”, ou seja, pedir-lhe que retirasse a Subscrição, depois porque “ordenou” que uma figurinha do Conselho Vitoriano fizesse marcação cerrada a Paulo Emanuel Mendes para o tentar dissuadir a levar a Assembleia Geral avante e como não conseguiu os seus intentos, virou-se agora para o Conselho de Jurisdição para que de uma forma “institucional” conseguisse fazer algo que “legalmente” não conseguiu, ou seja, protelar a marcação da referida Assembleia.

 Infelizmente andamos ao sabor de gente que tem como única intenção a criação da tão propalada SAD, sendo que, tal como temos referenciado, João Cardoso perfilasse para ser indigitado como Presidente da SAD e com isso poderia promover o tão falado Fundo de Investimento, que para esta direcção é só a única coisa que os pode salvar imediatamente do descalabro a que foram votadas as contas do Vitória, por que novos processos das Finanças e Segurança Social se advinham no horizonte, o que fará com que o Vitória venha em muito pouco tempo a ser confrontado com mais algumas penhoras e vendas em hasta publica dos edifícios e terrenos do Complexo, Pavilhão, do sitio onde deveríamos ter uma Piscina e, para grande vergonha nossa, o próprio Estádio D. Afonso Henriques.

 Mas no meio de tanto descalabro, temos a certeza que as figuras que costumam fazer o mesmo que qualquer pisa-papéis, figurinhas que durante anos mais não faziam que provar as iguarias no Camarote Presidencial, estão realmente ao serviço do Clube e tal como estão á mão de semear, também estão ao serviço de quem os convidou.

 Por graça tivemos um amigo que nos disse “o Vitória não é isto”, e nós questionamos o porquê de tal afirmação, ao que nos confidenciou que em tempos idos, se tal vontade manifestada pelos sócios fosse tratada da forma leviana que este assunto está a ser tratado, já não haveria pedra sobre pedra, já os Órgãos Sociais teriam mudado de residência e alguns deles voltariam para junto dos seus clubes do Coração e nunca mais colocariam os pés em Guimarães.

 Infelizmente concordamos, mas desde que se fez a primeira procissão para ir buscar um candidato a um clube secundário, abrimos as portas a que todos os interessados neste fenómenos desportivo pudessem ser elegíveis e se já em tempo devido nos revoltamos por termos ido buscar um Candidato a Presidente que inclusive estava já na Liga Principal e que nos levou para um patamar inferior, mais não podíamos esperar de um Presidente que tinha como única e grande referencia um clube de Futebol Popular, vários casos ligados ao Taipasgate, um irmão nos meandros da Fruta e da Meia de Leite e um socio que tinha por “profissão” agenciar por uma “comissão certa” alguns jogadores em final de carreira.

 Portanto, não nos admiramos com o tamanho Circo que neste momento se tornou o Vitória e como tal esperemos que também aqui os ilusionistas não se transformem em palhaços, apenas e só porque "o Espectáculo tem de continuar".