sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quem lucra com a morte de uma Paixão?


Eis que surge novamente na ementa do dia um prato chamado SAD, prato esse que só é apetecível para quem não olha para o lado direito da ementa, porque não entendemos quais as motivações para alguém, hoje em dia, com a actual conjuntura económica querer apostar num SAD, principalmente no Vitória.
 Depois da “Edite Estrela do Futebol” chamado Manuel Machado, foi agora o Presidente da Assembleia Geral do Vitória, Dr. João Cardoso, que veio colocar novamente o tema nas bocas dos Vitorianos, julgamos que essa intenção não é inocente, inclusive quando neste momento estaria o Clube a rever os seus estatutos, claro que outros interesses se elevam sem ser o de respeito pelos simples sócios, mas sim de uma pequena franja de empresários que talvez tenham interesses de fazer circular os seus dinheiros por Fundos de Jogadores e com os capitais a serem depositados em Ilhas e Países inimagináveis para quem apenas se senta nas bancadas do D. Afonso Henriques para aplaudir uma equipa de futebol.
 Dr. João Cardoso veio numa conversa de circunstância falar em Formas Jurídicas e Modelos de Gestão que devem ser remodelados no Vitória Sport Clube, nada mais verdadeiro em relação a esse assunto e só ficamos parvos pois já nos intrigamos pela demora de alguns avanços realizados pela Comissão para alteração de estatutos.
 Claro que perante tanta asneira feita pelos actuais Corpos Sociais do Clube nos faz pensar em grandes mudanças, pela profissionalização dos colaboradores, pela contratação de meios feitos pela competência e não por um ou outro favor pessoal, pela transparência das contas, pelo alcançar de objectivos, pelo rigor nos Orçamentos, por um infindável número de pequenas coisas que encravam todos os resultados finais numa instituição como o Vitória.
 Não há uma única SAD em Portugal que seja viável, de todas as SAD’s criadas, ou faliram ou estão em falência técnica, acumulando prejuízos e em constante desvalorização. Vemos patrimónios a serem usados para cobrirem empréstimos, vemos investidores sem passado a realizarem dinheiro com a compra e venda de jogadores sem que os clubes possam efectivamente dizerem que tiveram lucro, vemos sim os seus administradores a engordarem as suas contas bancárias, tudo isto mesmo quando o clube não alcança os objectivos e quando dão prejuízo.
 Sr. João Cardoso, como líder dos simples sócios, teria de ter uma posição mais real da verdadeira vontade dos mesmo, ou seja, exigir a clarificação de todos os reais problemas que se acumulam no Vitória, exigir que em Assembleia o Presidente da Direcção responda claramente ao que é solicitado.
 Sr. João Cardoso, nós Vitorianos não queremos que o Futebol e o Património do Clube sejam discutidos em assembleia de Accionistas e que depois se coloque em Assembleia de Associados os dados adquiridos nessas negociatas e apenas a discussão das modalidades amadoras.
 Nós não aceitamos que o Vitória substitua a Paixão pelo mercantilismo, não aceitamos que o Vitória substitua as Famílias pelo empresário, não aceitamos que substitua a Voz do Povo pelo comunicado escrito por um funcionário.
 Infelizmente, temos perdido a identidade que tanto nos caracterizava, hoje em dia vivemos de uma cama que há muito já não nos deitamos e isso não é por vontade do adepto/sócio, mas sim por falta de visão de quem nos dirige.
 Porque independentemente do modelo de gestão que se queira implementar no Vitória, independentemente da forma jurídica, se continuarmos com a mesma gente á frente dos destinos do clube, será um desperdício de tempo, dinheiro e oportunidade.
P.S. Sr. Emilio Macedo da Silva, acabamos de ler que o Sr. ia pensar em relação a uma candidatura ao proximo mandato. Por favor, o Sr. está a cometer dois erro, apenas numa frase. Uma é em pensar, porque sempre que pensou só fez merda, outra é o proximo mandato e aqui dizemos, por favor deixe imediatamente este, pois já nos fez mal que chegue.

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